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jun Gávea

O enterro da lagartixa

O Gabriel Fé é assim: tem dia que traz flor, boneco, carrinho, já veio até com tampinhas de garrafa, mas outro dia ele deu um susto na gente! Dessa vez, ele chegou à escola com uma lagartixa bem filhotinha dentro de um pote de plástico. Explicou que o nome dela era Duda. A coordenadora logo foi chamada pra conhecer sua xará. Fora a elegância e o nome, nada mais elas tinham em comum. A lagartixa estava machucada, com a patinha um pouco prejudicada e já não se mexia quando ficamos a observar. Experimentamos jogar um pouquinho de água pra ver se ela se recuperava, mas ela continuou bem paradinha.

Foi aí que descobrimos que ela tinha dormido pra sempre e nem beijo de príncipe poderia despertá-la. Combinamos de devolvê-la para a natureza e escolhemos um vaso no pátio de areia para enterrá-la. Cavamos um buraco, cobrimos com areia e folhas e depois demos tchau para a nossa amiguinha, que agora vai nutrir outros bichos e plantas, como manda o ciclo da vida.

“Fui morar numa casinha infestada de cupim. Saiu de lá uma lagartixa que olhou pra mim, olhou pra mim e fez assim…”

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