12
nov

A adolescência do bebê

Muitas mães e pais talvez nunca tenham escutado o termo “adolescência do bebê”, mas provavelmente conhecem muito bem a fase caracterizada por ele. Chamado também de primeira adolescência ou os “terrible two” (terríveis dois anos), como citado na literatura, é a fase em que a criança (que normalmente acontece entre 1 ano e meio e 3 anos de idade) passa a se comportar de modo opositivo às solicitações dos pais.

A criança que antes era tida como obediente e tranquila passa a berrar, gritar, espernear diante de qualquer contrariedade. Bate, debate-se e atira o que estiver à mão para todos os lados. Choraminga cada vez que solicita algo. Diz não para tudo, resiste a seguir qualquer orientação, a aceitar com tranquilidade as decisões dos pais, não atende aos pedidos, e parece ser sempre “do contra”.

A causa para esse período é simplesmente o próprio desenvolvimento natural da criança. A fase dos dois anos de idade é um período de grandes mudanças para a criança. Até então, ela seguia os modelos e decisões dos pais. Gradualmente, ela passa a se perceber como indivíduo, com desejos e opiniões próprias e isso gera uma enorme necessidade de tomar decisões e fazer escolhas por si. Sem dúvida, isso cria uma grande resistência em seguir os pedidos dos pais. Não é exatamente uma ação consciente da criança, mas uma tentativa de atender a esse desejo interior, a essa descoberta de si como ser “independente” dos pais.

A criança ainda não adquiriu a capacidade de se colocar no lugar e/ou na perspectiva do outro e nem perceber que os outros, assim como ela, têm desejos e vontades e regras precisam ser seguidas dentro de um contexto ou demanda social. Segundo especialistas, a primeira coisa a fazer é tentar manter a calma. Os pais devem lembrar que a criança está em seu pleno desenvolvimento e que ela necessita que alguém explique as consequências de seus atos. O principal conselho é esperar o nervosismo passar para conversar. Tentar dialogar no ápice da agitação e do nervosismo não é o melhor caminho. O ideal é explicar, da melhor forma possível, que os atos de birras gerarão consequências para a criança.

Os especialistas afirmam que é necessário ser firme, objetivo e sempre olhe nos olhos da criança. Aqui é o momento para ensinar limites, regras, o que é certo e o que é errado. Vários pais sentem pena neste momento, mas é extremamente importante que os pais não “amoleçam” e nem voltem atrás em nenhuma decisão e/ou trato feito com a criança. Trato deve ser cumprido, pois é neste momento que a criança aprende que o que você fala sempre será cumprido. Este aprendizado fará toda a diferença na educação da criança.

Além disso, como as crianças entre 2 e 3 anos ainda são pequeninas, é muito importante que os pais verifiquem situações de sono, fome, cansaço, agitação. Estas situações são um gatilho para o início de uma clássica e incontrolável birra. Mas, às vezes, um abraço bem gostoso ou mudança de foco, como mostrar algo interessante para a criança, é o suficiente para minar o comportamento da birra.