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nov

Amigo imaginário

Até 65% das crianças, em algum momento da infância, têm um amigo que ninguém vê,  como descobriu uma pesquisa do Instituto da Educação em Londres. Se seu filho insiste em diálogos imaginários com alguém que você não enxerga, relaxe. Ele não está alucinando nem vendo espíritos, só está usando a imaginação. O estudo mostrou também que esses amigos invisíveis tornam as crianças mais confiantes e articuladas.

Imagem: Reprodução

Os especialistas são unânimes em dizer que os adultos só devem participar da brincadeira se forem convidados. A criança sabe que o amigo é fruto de sua imaginação. Então, não adianta fingir que o está vendo, isso pode deixá-la confusa. Dizer que aquilo tudo é mentira ou besteira, também é uma agressão. O melhor a fazer é ficar na sua. Para os pequenos, ter um amigo inventado pode ser o caminho para entender melhor o mundo e as relações humanas. É o modo que as crianças encontram de entender como é ter um amigo de verdade. Nessa idade, as crianças são muito auto-centradas e não costumam ter amigos reais ainda. Por meio da brincadeira, elas aprendem sobre o mundo dos adultos e se colocam no lugar do outro, conhecendo diferentes pontos de vista.

Além disso, ao criar um amigo só para ela, a criança fica no controle da situação, poder que ela não tem em outras ocasiões. É nessa brincadeira que ela abre portas para dividir seus sentimentos de raiva, tristeza, angústia… Tudo muito saudável. O amigo imaginário pode ser um travesseiro, uma fraldinha ou até um animal. Seja o que for, representa um apoio. Por isso, ele aparece em situações de ansiedade, como o nascimento de um irmão. Brincando, a criança compreende melhor o que está sentindo.