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Elogios na medida!

Você é fã número 1 do seu filho, acha lindo tudo o que ele faz, se encanta com a inteligência e beleza dele e, ainda por cima, não se cansa de dizer isso tudo para ele. Melhor começar a prestar atenção, pois saiba que muitos elogios também podem prejudicar os pequenos.

Esta conclusão veio do estudo da Universidade Columbia, em Nova York, que observou os efeitos negativos do elogio – em excesso ou mal empregado – na vida estudantil das crianças. Obviamente, reconhecer as qualidades de alguém é sempre bem vindo e não existe uma receita para se elogiar corretamente. O ato deve ser sincero e espontâneo, mas alguns detalhes levantados podem e devem ser observados:

Evite  rótulos

Quando se elogia a pessoa ao invés de sua postura diante de uma situação, está sendo afirmado que ela é assim e não pode mudar, rotulando. Quando elogiamos a inteligência da criança, segundo a psicóloga Carol Dweck, responsável pela pesquisa, na verdade dizemos a ela: pareça inteligente, não se arrisque a errar.

Neste caso, criança acredita que não pode errar e, então, muitas vezes evita situações mais complicadas com medo de não parecer inteligente. Talvez ela se recuse a tentar fazer algo novo na escola, por exemplo, por medo de fracassar e acabar por “deixar” de ser inteligente.

O mais indicado é focar no esforço que a criança fez: “Parabéns por você ter tirado uma nota tão boa, você se esforçou muito!”, por exemplo. Ela se sentirá motivada e estimulada a buscar novos desafios para ganhar novos reconhecimentos.

Não incentivar a competição

Muitos pais incentivam que os filhos sejam os melhores, fato que obriga a criança a se comparar. A chance de frustação dela é muito grande, pois sempre irão tentar superar os outros, e sempre encontrarão pessoas mais bonitas, mais inteligentes, mais ricas…

Já a criança que é ensinada a fazer o seu melhor, não usando da comparação o elemento de avaliação, buscará sua satisfação pessoal dentro do seu limite, tendo muito mais chances de se sentir realizada e feliz. Portanto lembre-se: ao invés de dizer “seja o melhor aluno da turma”, diga “procure sempre fazer o seu melhor”.

Já o oposto, o não elogiar nunca, também pode criar problemas no comportamento infantil. “Somos movidos pela motivação e o elogio é uma forma de mostrar que a criança está sendo olhada.”, afirma  Karina Haddad Mussa, psicóloga e psicoterapeuta especializada em medicina comportamental e neuropsicologia pela Unifesp, em São Paulo. Os pais que não elogiam por acharem que os fihos não fazem mais do que a obrigação tirar nota 10 na escola, por exemplo, irão colaborar para que eles cresçam inseguros e sem autoconfiança por achar que nunca irão fazer algo bom o suficiente para receber um elogio. Ou seja: elogios, sim! Exageros, não ;)