06
fev

Filhos reizinhos: como lidar?

Transtorno Desafiador Opositivo : Você sabe o que é? Talvez o nome não soe familiar, mas as características comportamentais podem ser. Basta se recordar da última vez em que viu a cena de uma criança batendo num pai ou numa mãe, se jogando no chão, berrando, fazendo pirraça ou dizendo aos gritos o que quer. O que nosso avós chamavam de tirania infantil, hoje vem sendo estudado e pesquisado mais profundamente como um Transtorno Desafiador Opositivo.

Análises simplistas de que os pais são poucos enérgicos e submissos, que não dão limites aos seus filhos porque não querem frustrá-los nos poucos momentos em que estão com eles são constantemente ouvidas, porém genéricas. Em alguns casos, diagnóstico profissional e orientação especializada são necessários.

Selecionamos alguns livros sobre o tema, leitura obrigatória para pais e educadores:

Déspotas Mirins – o poder nas novas famílias” (Zagodoni Editora). A professora Marcia Neder expõe o resultado de vários anos de pesquisa sobre a queixa atual de que “as crianças de hoje não têm limites” e afirma que “o império do filho tirano faz ruir a tese do matriarcado, que desloca para as mães um poder que, de fato e de direito, hoje está nas crianças”.

Outro lançado recentemente sobre o tema é O Reizinho da Casa – Manual para Pais de Crianças Opositivas, Desafiadoras e Desobedientes (Ed. BestSeller), do psiquiatra e psicoeducador especialista em transtornos comportamentais Gustavo Teixeira.  Nele, o especialista traça um perfil do transtorno desafiador opositivo, levanta os sintomas e propõe maneiras de tratamento que podem ser feitas em casa.

Já em O Pequeno Tirano – os limites que a criança precisa (WMF Martins Fontes), a psicóloga Jirina Prekop sugere caminhos para que os pais consigam inibir comportamentos exagerados e problemáticos dos filhos. Também destaca a importância de educar os pequenos dentro da regras da estrutura social em que todos estamos inseridos e explica os prováveis motivos de certas atitudes, mostrando até onde elas devem ser consideradas normais e quando os pais precisam começar a agir.