07
jan

Limites e castigo

O castigo é uma conduta bem polêmica e sempre gera muita discussão. Limites e regras são necessários para que possamos viver em harmonia com nós mesmo e com outro. Ter consciência das nossas limitações e entender que não podemos fazer tudo nos traz segurança.

Um exemplo: Já imaginou o caos que seria o trânsito se todos seguissem livremente para onde desejassem, sem respeitar as sinalizações e os faróis? As regras de trânsito existem para que veículos e pedestres possam transitar de maneira organizada e, consequentemente, segura. O fio condutor na educação dos filhos deve ser sempre o limite protetor. É o bem-estar deles que está em jogo. Muitas vezes, diante de uma situação de perigo, os pais costumam cometem erros como por exemplo, dizer ao filho: “Não coloque o dedo na tomada porque senão a mamãe vai ficar triste!”.

Veja bem, você não está dando uma justificativa coerente para seu filho. O correto seria dizer: “Não coloque o dedo na tomada porque você pode se machucar. É perigoso”. Se a criança insistir em colocar o dedo na tomada, você até pode ter uma atitude mais firme e tirá-la do local perigoso. Mas deixe claro o motivo da repreensão. Até mesmo aos 2 anos, as crianças precisam de uma justificativa coerente.

Elas precisam contextualizar a experiência, compreender o que o adulto está ensinando a ela. Tem que fazer sentido. E isto é muito mais complexo do que ensinar o que é certo ou errado. Quando os pais batem nos filhos, ainda que seja uma palmadinha considerada indefesa por eles, a criança sente raiva e medo. É o medo da agressão que geralmente fará com que a criança não repita a atitude. Isto é muito diferente do que compreender as razões pela qual foi punida por seus pais.