09
jan

Brincadeira de criança

Você lembra-se de jogar amarelinha, pique-esconde, bolinha de gude e pular corda? Pois, de acordo com especialistas, estas brincadeiras são puro raciocínio prático. Na era digital, a prática delas é uma maneira da criança exercitar-se e interagir. A psicopedagoga e mestre em neurolinguística pela UFRJ, Heloísa Lima, explica que o ser humano precisa se exercitar para aperfeiçoar as ações. “Portanto quem não brinca de pique-pega, de queimado, de balanço, de escorrega, de bambolê, de pião, de bolinhas de gude, de batatinha frita, de roda, de gato e o rato, enfim… é ruim da cabeça ou doente do pé, como diz a canção”, afirmou.

Ela lembra que Jean Piaget colocou em sua teoria do desenvolvimento da inteligência que o nível sensório motor, aquele que fundamenta todo o raciocínio matemático, começa no ato de engatinhar. “Brincar é gostoso e as crianças suplicam por brincar no “playground” exatamente pela necessidade intrínseca de explorar tanto o espaço físico, como despender energia, se socializar, interagir e desenvolver as regras do convívio em sociedade“, lembrou.

Para a especialista, essa questão está muito mal organizada na sociedade atual. “O virtual não substitui nem superpõe o real, aí mora o perigo e a grande interrogação do adulto de hoje”, ressaltou.

Fonte: Vila Filhos

Imagens: Reprodução