29
jan

O passo a passo da Shantala

Receber uma boa massagem é tudo de bom, e para os pequenos ela pode ser ainda mais benéfica! A Shantala, uma técnica descoberta na Índia nos anos 70, ajuda o bebê a relaxar, evita cólicas, insônia, melhora a digestão, a circulação e, acima de tudo, estreita o vinculo de afeto entre mãe e filho.

A aplicação da massagem deve ser feita em crianças a partir de um mês de idade e não há época certa para encerrá-la. Quando o bebê começa a andar, fica mais difícil fazê-lo ficar parado para receber a massagem. Se você conseguir, no entanto, não há nenhum mal em continuar com a Shantala até mais tarde.

O bebê deve estar descansado e sem fome para receber a massagem. Também não deve ter acabado de mamar, sendo o ideal que ele tenha sido alimentado pelo menos meia hora antes da aplicação. O neném também não pode estar com cólicas ou indisposto. Não se usa a Shantala em momentos de dor e desconforto, a massagem deve ser associada ao prazer. Você ainda pode colocar uma música suave de fundo, já que, além de ajudar na concentração do pequeno, ele aprende a associá-la a momentos de bem-estar.

A técnica deve ser feita diariamente, de uma a duas vezes por dia. No começo, repita cada movimentos por três vezes e depois vá aumentando essa quantidade, à medida em que a criança vai se acostumando com a Shantala, até chegar a dez repetições de cada passo.

Não há um melhor momento do dia para aplicação da massagem. A mãe deve testar vários horários diferentes com a criança e encontrar o momento ideal. Se ele sente muita cólica na parte da tarde, por exemplo, é recomendável que a massagem seja feita pela manhã, como medida preventiva. Caso a criança chore ou tenha dificuldade em receber a massagem, o melhor é interrompê-la e procurar a explicação do desconforto. Crianças que ficaram na UTI e que foram manipuladas para receber injeções, por exemplo, associam o toque com a dor. É preciso acostumá-las, aos pouquinhos, a receber o toque de carinho.

Confira o passo a passo publicado pela Abril, que ensina como a Shantala deve ser aplicada no bebê:

1) Sente-se no chão, mantenha as costas apoiadas na parede e as pernas esticadas. Aqueça suas mãos em água morna ou friccionando-as com o óleo vegetal puro. Cada movimento deve ser repetido de três a dez vezes. Deslize as mãos espalmadas do centro do peito do bebê para as axilas e do centro do peito para os ombros.

2) Com as mãos em X, deslize uma mão do peito para o ombro esquerdo e a outra do peito para o ombro direito.

3) Envolva o braço do bebê com a mão, formando uma espécie de bracelete, e vá do ombro em direção ao punho.

4) Abra a mãozinha do bebê com seus polegares, indo desde a palma até os dedinhos.

5) Deslize toda a mão pela mão do bebê.

6) Segure cada dedinho, do polegar ao mindinho, fazendo uma massagem na ponta de cada um. Repita os movimentos no braço e na mão direita.

7) Com as mãos em concha, escorregue a lateral externa das mãos desde a base das costelas até o quadril.

8 ) Segure as perninhas para o alto e use o antebraço para deslizar da costela ao quadril do bebê.

9) Envolva a perna do bebê com a mão, formando um bracelete, e vá desde a virilha até o tornozelo, alternando as mãos.

10) Com as duas mãos, faça um movimento giratório, de vai-e-vem, desde a virilha até o tornozelo, ficando um pouco mais no tornozelo para estimular a circulação.

11) Movimente seus polegares do centro do pezinho do bebê aos dedinhos.

12) Deslize toda a mão pelo pé do bebê.

13) Segure cada dedo, começando sempre pelo polegar, e massageie a pontinha de cada um deles. Repita os movimentos com a perna e o pé direitos.

14) Depois de virar o bebê de costas, deixando-o perpendicular às suas pernas e com a cabeça voltada para o seu lado esquerdo, mantenha as duas mãos espalmadas e faça movimentos de vai-e-vem, descendo da nuca ao bumbum e depois subindo. Mantenha sua mão direita no bumbum do bebê e deslize a mão esquerda com o polegar aberto, da nuca ao bumbum.

15) Depois de voltar o bebê para a posição inicial, junte os dedos no centro da testa do bebê e faça um semicírculo, contornando cada olho. Volte para o centro da testa e faça outro semicírculo, indo em direção às maçãs do rosto. Por fim, faça semicírculos, indo até o queixo.

16) Cruze as perninhas do bebê em posição de lótus, com o pé sobre o joelho oposto e o outro joelho sobre o outro pé, e leve-as em direção à barriga. Alterne as perninhas.



27
jan

A vida emocional dos bebês

A relação entre pais e bebês tem mudado ao longo dos séculos. Se é um fato incontestável que o amor entre eles ultrapassa a história da humanidade, a comunicação entre ambos nunca foi tão valorizada como o é desde os últimos avanços da neurociência, ocorridos nas últimas décadas do século XX.

Durante o século passado, cientistas e médicos preocuparam-se mais com o lado fisiológico do crescimento do bebê e menos com o lado emocional. Por exemplo, segundo acreditava Piaget, grande estudioso do desenvolvimento intelectual humano, os bebês vêm ao mundo somente com alguns reflexos básicos, sendo que o pensamento só surge realmente por volta dos dois anos de idade. Os avanços no estudo da neurociência vieram derrubar esta e muitas outras teorias. E uma das consequências disso foi ter começado a se falar sobre a vida emocional dos bebês de uma forma mais sustentada.

De acordo com a Unidade da Primeira Infância do Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa, se ainda pouco se sabe do ponto de vista emocional, já se sabe mais sobre o que ocorre quimicamente no cérebro do feto e do recém-nascido. Os especialistas defendem que, ao nascer, os bebês já têm mais ferramentas do que se pensava. E que ouvem e vêem antes de nascerem: possuem uma distância focal de 20 centímetros, a distância do mamar para a face da mãe, e mostram reconhecimento da voz humana (da mãe e do pai) à qual foram expostos durante a gravidez.

Antes dos novos dados trazidos pela ciência, era aceito que a arquitetura cerebral estava estabelecida já no nascimento. Mas a ciência provou que, neste momento, o cérebro é bastante imaturo, e que a partir daí e nos primeiros anos de vida há uma explosão das ligações cerebrais.

Do ponto de vista da linguagem também é importante que os bebês comecem a ser expostos desde os primeiros momentos de vida e vários estudos comprovaram que aqueles que vivem em ambientes ricos em linguagem têm um desenvolvimento mais acelerado. O curioso, segundo os especialistas, é que a linguagem que usamos em adultos é adquirida na infância e pré-adolescência, entre os nossos pares. Fato que sugere a existência de oportunidades de reparação durante a vida. Essa capacidade de recuperação, que se estende até a idade adulta, tem que ver com a plasticidade cerebral.

Segundo estudos, na perspectiva da organização neuronal do ser humano, o desenvolvimento emocional do bebê resulta de uma interação entre o próprio patrimônio genético e o meio ambiente em que as crianças se desenvolvem. Há um conjunto de elementos que a prática clínica já estabeleceu como sendo importantes para ajudar os bebês a crescer e que funcionam como condições necessárias para um crescimento saudável. Depois, de acordo com os especialistas, existe mais um fator a levar em conta: o do temperamento da própria criança.

23
jan

Para um sono melhor

Você tem a sensação de que seu filho não dorme o suficiente? Um novo estudo feito por pesquisadores australianos e publicado na revista científica Pediatrics analisou a história do sono para as crianças durante um período de 100 anos. O resultado mostrou que houve uma diminuição de 37 minutos de sono ao longo dos anos, em função da superestimulação causada pela tecnologia, pela vida moderna e pelas atividades extracurriculares durante o dia.

A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é o uso de no máximo duas horas diárias de telas em geral, antes das 18h, já que elas geram uma dose extra de adrenalina no corpo, o que influencia na qualidade do sono.

Uma das dicas dos especialistas para conseguir colocar os pequenos cedo na cama é ter um ritual de sono. Diminua as brincadeiras mais enérgicas, dê um banho relaxante, ofereça leite quente e leia uma história para a criança quando ela já estiver na cama. O cérebro da criança aprende facilmente por repetição. Além disso, evite deixar luzes fortes ou a televisão ligada no quarto das crianças. Programe o jantar para cerca de duas horas antes de seu filho ir para a cama. As atividades físicas devem ser feitas somente até as 17 horas.

21
jan

Dormindo com os pais

Seu filho tem costume de dormir com você? A frequência deste hábito tem aumentado porque o contato com as crianças é menor atualmente. Vários especialistas acreditam que dormir na cama dos pais com frequência, apesar de ser uma delícia, prejudica a privacidade e pode tornar a criança mais dependente.

Uma das coisas que ela aprende ao dormir no seu próprio quarto é ter a sua individualidade. Para criar uma rotina mais tranquila após as 18h, faça brincadeiras mais calmas, dê um banho quente antes do jantar e conte histórias antes de dormir – no quarto da criança. Mas se no meio da noite seu filho levantou e foi à sua procura, uma boa idéia é voltar junto com ele para o quarto e, se necessário, repetir o processo.

Quando a criança se acostumar com a nova rotina, ela pode sim, de vez em quando, dormir com os pais. Muitos especialistas concordam que, se ela estiver doente, acordar muito assustada por causa de um pesadelo, ou se a família estiver passando por um momento de tensão, como a morte de um parente, é possível deixar que ele passe para o quarto dos pais. O mesmo vale para aquelas manhãs em que seu filho acorda mais cedo e vai fazer uma visita para você no quarto. Neste caso, aproveite o momento!

15
jan

Alimentação afeta o intelecto

Todos falamos sobre a importância da boa alimentação para a saúde física e o desenvolvimento das crianças. Mas o que uma alimentação debilitada durante a infância pode causar à capacidade mental? O médico nutrólogo e diretor técnico internacional na Academia Latino-Americana de Nutrologia, Alexander Gomes de Azevedo, escreveu o livro “Pais Inteligentes, Filhos Saudáveis” e nele diz que a relação entre as duas coisas é sim muito importante.

Segundo seus estudos, uma dieta que prioriza o consumo de fast foods, doces, chocolates, refrigerantes, muito sal e outros alimentos pobres em nutrientes não causa apenas sobrepeso e até a obesidade. Uma dieta assim também está ligada à diminuição no desenvolvimento intelectual das crianças, o que as afetará para o resto da vida.

Imagem: Reprodução/Internet

O especialista vai além. Para ele, a alimentação saudável deve ser estimulada antes mesmo do nascimento. “É no período gestacional que o embrião e o feto mais necessitam de quantidades adequadas de proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e minerais para o seu completo desenvolvimento”, conta. “Se quisermos ter uma nova geração de crianças e, posteriormente, adultos mais saudáveis e inteligentes, temos que mudar nossos hábitos alimentares”. Alguns dados alarmantes são observados. Nas últimas décadas, os casos de obesidade entre crianças e adolescentes brasileiros cresceram a alarmante taxa de 239%.

E você, está de olho na alimentação do seu filho?

09
jan

Brincadeira de criança

Você lembra-se de jogar amarelinha, pique-esconde, bolinha de gude e pular corda? Pois, de acordo com especialistas, estas brincadeiras são puro raciocínio prático. Na era digital, a prática delas é uma maneira da criança exercitar-se e interagir. A psicopedagoga e mestre em neurolinguística pela UFRJ, Heloísa Lima, explica que o ser humano precisa se exercitar para aperfeiçoar as ações. “Portanto quem não brinca de pique-pega, de queimado, de balanço, de escorrega, de bambolê, de pião, de bolinhas de gude, de batatinha frita, de roda, de gato e o rato, enfim… é ruim da cabeça ou doente do pé, como diz a canção”, afirmou.

Ela lembra que Jean Piaget colocou em sua teoria do desenvolvimento da inteligência que o nível sensório motor, aquele que fundamenta todo o raciocínio matemático, começa no ato de engatinhar. “Brincar é gostoso e as crianças suplicam por brincar no “playground” exatamente pela necessidade intrínseca de explorar tanto o espaço físico, como despender energia, se socializar, interagir e desenvolver as regras do convívio em sociedade“, lembrou.

Para a especialista, essa questão está muito mal organizada na sociedade atual. “O virtual não substitui nem superpõe o real, aí mora o perigo e a grande interrogação do adulto de hoje”, ressaltou.

Fonte: Vila Filhos

Imagens: Reprodução