02
dez

Dizer não para educar

“Sabe qual é a maneira mais certa de deixar seu filho infeliz? Acostumá-lo a receber tudo.” O pensamento foi escrito pelo filósofo Jean-Jacques Rousseau, no livro “Emílio ou Da Educação“, em 1762. E não é que continua valendo hoje? Segundo Rousseau, se você der tudo a uma criança, seus desejos só farão crescer devido à facilidade em satisfazê-los e ela terá de lidar então com sua própria ansiedade, com sua tirania e com a decepção de os pais, em algum momento, pararem de atendê-lo, já que satisfazer tudo é impossível. “São sentimentos muito mais difíceis de administrar para uma criança, e que causam mais dor do que simplesmente ter um desejo negado”, diz Rousseau.

Ajudar os filhos a lidar com as frustrações e orientá-los sobre o que é razoável ou não os torna mais seguros e flexíveis. As crianças precisam aprender que suas atitudes têm consequências e que elas não podem fazer tudo o que quiserem.

Cada idade tem seus “nãos”. Uma criança de 3 anos pede “nãos” e consequências mais contundentes e imediatas que uma criança de 6 ou 7 anos, que já consegue negociar e já não faz tanto uso da birra. Já o adolescente precisa de “nãos” e consequências muito claras, pré-combinadas e justas.

Seu filho pequeno não precisa ter tantas escolhas, isso é angustiante para uma criança. Não faça muitas perguntas ou deixe muitas decisões para ele tomar, isso desorienta. Alguém de 2 anos não deve decidir o que vai vestir, por exemplo. A criança vai escolher a roupa mais nova ou uma fantasia ou a de determinada cor, sem levar em conta o tempo, o frio que faz, aonde vai. Essa não é uma decisão para uma criança. A tomada de decisões deve ser ampliada de acordo com a autonomia e a maturidade da criança.

Fonte: Revista Educar para Crescer

24
nov

A educação pelo exemplo

Dizer às crianças teoricamente como devem agir não basta. Os exemplos são a mais eficiente arma de educação e de disciplina que existe. Você já reparou: pode cansar de falar com uma criança e ela parece nem ouvir, mas quando você menos espera ela sai por aí imitando seus gestos ou repetindo alguma frase que ouviu você dizer no telefone para alguém.

E essa é mais uma prova do valor do nosso exemplo na educação das crianças. Elas não estão conectadas com nosso intelecto ou nossas expectativas, mas com o que trazemos dentro de nós, com o que realmente sentimos, nossa verdade. Por exemplo, quando os filhos não respondem se os chamamos, basta lembrar de como nós mesmos reagimos quando eles nos chamam.

Por isso Rudolf Steiner, o filósofo que criou a antroposofia, sempre fala em auto educação: não há nada mais forte para ensinar as crianças do que nosso exemplo verdadeiro. Os comportamentos dos pequenos são reflexo da sua observação do mundo. A forma como convivemos em sociedade também vai influenciar o comportamento social deles. Vamos poupar saliva e palavras! Viver bem e de acordo com nossos princípios é a melhor educação que podemos dar aos nossos filhos.

19
nov

Comidinhas saudáveis

Celebrar momentos felizes é uma delícia! É assim com as festinhas de aniversário, que as famílias preparam com todo carinho para os pequenos. Mas quem disse que elas precisam ter açúcar e fritura? Claro que é comum e saudável permitir que as crianças consumam besteirinhas eventualmente, mas é possível preparar alimentos balanceados e deliciosos sem tirar o brilho da comemoração!

A médica Elisabete Almeida, coordenadora do programa Meu Pratinho Saudável, dá algumas dicas que podem ajudar na hora de organizar os comes e bebes da festa infantil com comida saudável. Alguns petiscos são fáceis e até mais baratos que a média gasta em coxinhas e outras frituras, sem falar nos salgadinhos de pacotes.

Para os salgados, ela recomenda lanches de pão de forma integral com patê de atum e bauruzinhos assados com queijo, peito de peru e tomate. “Esses itens podem agradar tanto crianças quando adultos”, diz.

A especialista sugere espetinho de frutas ou uma taça de iogurte decorada com frutas, além de crepes, como opção saudável para as festas infantis, já que permitem a exploração de recheios diferenciados e têm massa feita a partir de ovos e farinha de trigo ou a integral. A tapioca, cuja massa é feita com fécula de mandioca, é mais uma alternativa e com um amplo leque de recheios possíveis.

Em vez de refrigerantes, o programa Meu Pratinho Saudável indica sucos naturais ou os de soja. “Há diversos sucos coloridos e saudáveis como de cenoura, beterraba, laranja, manga, abacaxi, hortelã, gengibre e outras opções”, afirma Elisabete. “Ao preparar, coloque as frutas no liquidificador e sirva em seguida, para preservar os nutrientes”, ela acrescenta.

Fonte: Meu Pratinho Saudável

Fotos: Pinterest

18
nov

Água no dia a dia

Você toma água com frequência? E o seu filho? Hidratante natural, a água ajuda a manter o organismo saudável, contribuindo para o bom funcionamento do aparelho circulatório, do fluxo sanguíneo, do intestino e de muitos outros órgãos do corpo humano. Daí a sua importância.

A água deve ser incluída no dia a dia dos pequenos a partir dos 6 meses. O que acontece é que muitos são acostumados, precocemente, a consumir líquidos doces, como sucos artificiais, achocolatados e chás. Em geral, porque a família também tem esse hábito. Com isso, tornam-se resistentes a tomar um líquido sem sabor.

água_criança (Foto: Shutterstock)

Confira a necessidade diária de água, de acordo com cada idade:

0-6 meses: necessitam de 700 ml diários de líquido. Bebês que se alimentam exclusivamente de leite materno nessa idade não precisam tomar água, pois a amamentação já cumpre o papel da hidratação.

6-12 meses: 800 ml de líquidos diários, incluindo nessa conta água, leite e alimentação complementar.

1-3 anos: precisam diariamente de 1.300 ml, contando alimentos sólidos e líquidos.

4-8 anos: 1.700 ml, sendo 1.200 ml somente de líquidos.

Fonte: Guia do bebê

05
nov

Hora da soneca

Assim que nasce, a criança tem uma rotina que se resume a mamar e dormir. Com o passar do tempo, ela fica mais tempo acordada, até que, por volta dos 3 meses, as sonecas passam a acontecer na parte da manhã e da tarde. Você sabe bem que uma boa noite de sono é fundamental para a saúde das crianças, mas os cochilos também são tão importantes quanto para o desenvolvimento infantil.

Estudos já mostraram as consequências da ausência desse soninho – tanto no que ser refere a distúrbios de comportamento, como ansiedade, irritação, menor nível de interesse e habilidade para resolver problemas – e os benefícios que ele traz, como a ampliação dos processos cognitivos.

O mais recente deles, feito pela Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, mostrou que as crianças que tiram uma soneca à tarde são mais inteligentes e têm melhor memória. Uma soneca durante o dia é fundamental até os 3 anos: revitaliza, relaxa e aumenta a disposição. Em geral, elas ocorrem em dois momentos: uma pela manhã, entre 10h30 e 11h, e outra à tarde, entre 14h e 14h30.

29
out

Música para o aprendizado

Pode ser no carro, na sala de aula ou na festa de aniversário. Ouvir música com as crianças é sempre uma delícia, certo? O contato precoce com este tipo de arte ainda é capaz de beneficiar o aprendizado do seu filho. De acordo com um artigo publicado pela revista Crescer, cantar e tocar instrumentos faz com que ele estimule áreas neuronais que serão trabalhadas futuramente em outras funções – como nos cálculos matemáticos ou na leitura de textos.

Tudo começa na fase de musicalização: de forma lúdica, sem ainda formalizar conhecimentos, a criança desenvolve a percepção auditiva. Essa percepção só é possível porque há um estímulo na região cerebral denominada córtex auditivo. Além disso, ouvir uma canção trabalha a coordenação motora, já que seu filho sentirá o ritmo e o reproduzirá com movimentos corporais – aqueles passos de dança que encantam a família!

Foto: Internet

21
out

Cuidados com os dentinhos

Além das indiscutíveis propriedades físicas, nutricionais e psicológicas do leite materno, a amamentação é importante para a saúde bucal do bebê. Mamando no peito, o bebê respira pelo nariz e é obrigado a morder, avançar e retrair a mandíbula. Isso propicia o correto desenvolvimento muscular e esquelético da face, possibilitando a obtenção de uma boa oclusão dentária.

Mas atenção: os cuidados com a higiene bucal devem começar a partir do nascimento do bebê. No recém-nascido, a limpeza deve ser feita com uma gaze ou fralda umedecida em água limpa para remover os resíduos de leite. Com o nascimento dos primeiros dentes (por volta dos 6 meses), a fralda deve ser substituída por uma dedeira. Aos 18 meses, com o nascimento dos primeiros molares decíduos, a higiene deverá ser realizada com uma escova dental infantil sem creme dental ou com um creme dental sem flúor. O creme dental fluoretado só deverá ser utilizado a partir dos 2 ou 3 anos de idade, quando a criança souber cuspir completamente o seu excesso.

A cárie é uma doença transmissível. A streptococcus mutans, sua bactéria causadora, pode ser transmitida da mãe para o filho pelo contato direto. Por isso, não se deve soprar a comida do bebê nem experimentá-la com o talher dele, pois é possível transmitir a ele essas bactérias.

A primeira visita ao dentista deve ser feita ainda na gestação. O ideal é que a mãe faça uma consulta para receber as orientações necessárias para manter a correta saúde bucal do seu filho. Independentemente da consulta da gestação ter sido realizada, a primeira consulta do bebê deve ser por volta dos 6 meses, coincidindo com o nascimento do primeiro dente decíduo. Preferencialmente, a consulta deve ser realizada com o odontopediatra, pois é ele o profissional habilitado a fazer esse primeiro atendimento.

16
out

Crianças estão engordando

Segundo dados do Ministério da Saúde, uma em cada três crianças no Brasil está obesa. A obesidade na infância é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças, como diabetes, pressão alta, colesterol alto, entre outros problemas de saúde. Além disso, uma criança obesa tem 80% de chance de se tornar um adulto obeso.

Outro estudo realizado também mostrou que há dificuldade em enxergar o problema. Foram avaliadas 400 crianças e aproximadamente 35% delas apresentavam excesso de peso, mas apenas 20% das mães estavam cientes da questão.

Imagem: internet

O aumento da obesidade infantil está intimamente ligado às mudanças da dinâmica familiar, às novas tecnologias e à falta de segurança. Hoje, a maioria dos pais trabalha fora, resultando em menor tempo para cozinhar; dessa forma, a praticidade toma conta dos lares, com maior consumo de alimentos ricos em gordura, açúcar e sódio. Por isso, na hora de montar a lancheira, é importante optar por produtos que aliem saúde, praticidade e sabor. A falta de segurança e a ausência dos pais levam as crianças a ficarem muito tempo paradas em casas e apartamentos, distraídas por computadores, videogames, tablets ou celulares. Com isso, os pequenos tendem a praticar menos atividade física.

Portanto, a junção do consumo de alimentos pouco saudáveis, mais hábitos de vida inadequados e a falta de atividade física pode se tornar uma situação muito perigosa e que, inevitavelmente, levará ao aumento de peso.

A escola pode contribuir por meio de diversas atividades ligadas à educação alimentar, porém são os pais que devem assumir a missão de criar e educar as crianças para que elas se tornem adultos saudáveis.

Excesso de peso não é uma questão estética, é uma questão de saúde, sendo fundamental para o bom desenvolvimento e crescimento das crianças. Praticar atividade física não é luxo, é necessidade.

14
out

Menos presentes, mais presença

Passado o Dia das Crianças, fica a reflexão: será que as crianças precisam mesmo de tantos presentes em datas comemorativas? Ou a presença dos pais é muito mais valiosa para os pequenos? Um artigo no Jornal do Cidadão aborda o assunto e diz: a vida profissional dos pais, apesar de suas elevadas exigências, pode muito bem ser ajustada a uma vida familiar e equilibrada. Mas significa, sim, algumas concessões. Mesmo cansados, podemos ir além para cumprir o papel de pai ou mãe. A escritora e psicóloga Rosely Sayão é enfática: “O mundo mudou muito e as crianças, também. Só uma coisa não mudou: elas continuam a necessitar da presença cuidadora, reguladora, protetora e atenciosa dos adultos.”

O que observamos atualmente é que a dedicação excessiva ao trabalho muitas vezes está relacionada ao desejo de satisfazer as vontades do filho. Dar presentes a eles é bom e obviamente eles gostam. Mas ter mais tempo para a convivência traz muito mais alegria, com ganhos afetivos, sociais e cognitivos. Melhora o rendimento escolar, a autoestima e a autoconfiança para a vida adulta.

Por isso que tal se os pais, em datas festivas, como aniversário, Dia das Criança e Natal, não oferecem presentes? Em troca dedicam uma tarde ou um dia inteiramente ao filho. São horas de muita interação: brincar num parque ou chácara, jogar bola, subir em árvores, pedalar, nadar, andar a cavalo, empinar pipa, dar banho no cãozinho, ler e contar histórias, cantar e ouvir música, assoviar, assistir a um filme, cozinhar, lavar os pratos e talheres, dialogar sobre os amigos e a escola. E não menos importante: pai e/ou mãe manifestam num belo cartão seu afeto e as principais qualidades e virtudes do filho, para o seu autoconhecimento. E se os pais propusessem aos filhos fazerem o mesmo?

O acima exposto é uma alternativa saudável à Geração dos Shoppings. Via de regra, muito dinheiro gasto, pouco diálogo, muita fila e “muvuca” e todos voltam para casa mais estressados. Este até pode, sim, ser um programa prazeroso, desde que feito com parcimônia, até porque não podemos criar filhos alheios aos costumes modernos.

Fonte: Jornal do Cidadão.

Fotos: Movimento milc – Infância livre do consumismo.

06
out

Senso de organização

Seu filho brinca, espalha os brinquedos e roupas, mas não coloca nada no lugar, embora você já tenha pedido e até dado bronca. Isso é muito comum, mas é preciso desenvolver nas crianças o senso de organização. Para evitar situações assim, ele precisa ser estimulado desde cedo.

Crianças de 3, 4 anos devem aprender a guardar seus brinquedos. As mais velhas têm condições de fazer mais, como arrumar a própria cama e ajudar a tirar a mesa. Na verdade, é até mais difícil incorporar esses hábitos na rotina de garotos já crescidos, mas sempre é tempo de tentar reverter o quadro. Converse com os pequenos sobre a importância de manter a casa em ordem e explique que essa é uma obrigação de toda a família. Priorize o diálogo sem deixar de ser firme. É necessário ficar bem claro que a bagunça generalizada não é tolerada.

Monte uma agenda de organização: “fixar horários para as tarefas de arrumação pode ajudar as crianças a assimilar esses hábitos”, opinam especialistas. Nos primeiros dias, execute junto o que foi estipulado como trabalho delas, certificando-se de que estão cumprindo exatamente o que foi combinado. Depois de ensinar como fazer cada coisa, permita que toquem sozinhos. Mas não deixe de supervisioná-los, porque é provável que, vira e mexe, não façam o que deve ser feito por livre e espontânea vontade. “Se faltar tempo para acompanhá-los diariamente, reserve uma ou duas horas uma vez por semana para isso.

É importante lembrar que a desorganização que hoje afeta a harmonia familiar e pode se tornar um grande problema para os filhos no futuro, a ponto de atrapalhar o desempenho na universidade e no mercado de trabalho. A punição não deve, no entanto, preceder o diálogo. “É essencial mostrar que se tentou resolver a questão da melhor maneira possível”!

Fonte: Abril

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